Depois de afastada por cerca de três semanas, hoje voltei a nadar. A esta altura do semestre, a turma começa a ficar esvaziada, de modo que podemos desenvolver as atividades com espaço suficiente entre os alunos, na piscina. Ao menos supõe-se que possamos...
Ao meu lado direito, um rapaz de porte atlético, nada velozmente, com desempenho acima da média. À minha esquerda, uma moça graciosa, dispõe-se à aventura de atravessar os 25m de água, em cada etapa, atendendo às solicitações da professora: agora só pernada, 200m; agora só braçada, mais 200m... Quando toma impulso, na lateral da piscina, inicia um percurso que forma um ângulo de aproximadamente 70º em relação à borda. Segue, em diagonal, atravessando os percursos dos demais alunos, até a outra borda. Na volta, uma diagonal ligeiramente curva, e agora se posiciona entre eu e o rapaz, à minha direita. Cada ida e vinda resulta em percursos absolutamente inesperados, e a finalização nunca corresponde ao ponto de partida.
Observo seus movimentos. É inevitável imaginar a jovem dirigindo seu automóvel pelas ruas da cidade, cumprindo diagonais meio curvas, autônomas em relação aos fluxos dominantes...
Eu, tão espartana, tão cartesiana... ela, tão livre, tão despreocupada...
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