literatices... letras para nada, talvez para tudo... imagens de nada, que podem ser de tudo... matutações... penseros... rabiscações... daquilo que vejo... ou não... porque tomo assento neste tempo quando a humanidade produz vertiginosamente letras, símbolos e imagens, em busca de sentidos, quaisquer que sejam... ou não...
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sexta-feira, 8 de julho de 2016
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Um plantador de árvores, e uma vereda de ipês
Minha palestra era sobre relações entre cinema e educação. O
encontro foi à noite, e os estudantes vinham de um dia de trabalho. Minha preocupação
era a de assegurar que minha fala não fosse enfadonha, para mentes cansadas. Durante algum
tempo, falei sobre o tema que me apaixona, e também sobre os outros fazedores
de cinema, com quem tenho aprendido lições indeléveis, eles, igualmente movidos
a paixão. Sentado, na primeira fileira, um senhor acompanhava minha fala, olhava as
fotos e o filme, com atenção acima da média, em relação aos demais estudantes de
graduação, todos em sua terceira jornada dioturna.
Quando, finalmente, eu concluí, e passamos à etapa das
perguntas e comentários, ele se apresentou: sou
plantador de árvores. Seus olhos tinham um brilho diferente. Mais tarde,
retomou a palavra, encorajado a complementar a fala que começara um pouco
antes: eu, um esquizofrênico, um aleijado
e um portador de síndrome de down plantamos uma vereda de ipês; se tivéssemos
dependido do poder público, não teríamos feito nada. Ah, professora, além de
plantador de árvores, eu também sou poeta.
Depois soube que ele era engenheiro e, em razão de escrever
poesia, e ter uma pequena editora, começara a fazer o curso de Letras.
No dia seguinte, pela manhã, antes de partir, pedi para
passar na alameda, a ver os mais de 80 pés de ipê. O motorista me explicou que
eles não estavam mais floridos. Eu sabia que não, àquela época do ano. A floração
acontecera já há coisa de dois meses. Mas eu queria ver as árvores. Ao longo da
estrada, cobrindo uma calçada onde a população faz caminhada, os ipês verdejam.
O motorista lembrou o nome do poeta plantador de árvores, e comentou: ele não bate muito bem da cabeça. Depois
ponderou: ele é engenheiro, muito
inteligente, estuda muito; acho que ficou assim de tanto estudar... Já na
rota de saída da cidade, completou: se
todo mundo fizesse o que ele fez, a cidade estava muito melhor...
Que haja mais poetas plantadores de árvores que não batem
bem da cabeça!
Pela estrada, seguimos ouvindo uma seleção de músicas do melhor
estilo sertanejo universitário.
quinta-feira, 31 de julho de 2014
quarta-feira, 11 de junho de 2014
sábado, 24 de maio de 2014
Tá caindo fulô!
Fulô
"Tá caindo fulô, ê, tá caindo fulô
Tá caindo fulô, ê, tá caindo fulô
Lá do céu cá na terra, ê, tá caindo fulo"
Quem ouviu o meu cantar
Um pouco me conheceu
Vou levar no coração
A fulô que tu me deu
"Tá caindo fulô, ê, tá caindo fulô
Tá caindo fulô, ê, tá caindo fulô
Lá do céu cá na terra, ê, tá caindo fulo"
E sempre que chega a hora
De partir pra outro chão
Deixo a tristeza de fora
E canto minha louvação
"Tá caindo fulô, ê, tá caindo fulô
Tá caindo fulô, ê, tá caindo fulô
Lá do céu cá na terra, ê, tá caindo fulô"
Eu não vou estar aqui
Mais nunca vou me esquecer
O calor que recebi
Dou de volta pra você
"Tá caindo fulô, ê, tá caindo fulô
Tá caindo fulô, ê, tá caindo fulô
Lá do céu cá na terra, ê, tá caindo fulô"Vou me embora, vou me embora
Deixo aqui meu coração
Vou saindo em plena aurora
Deixando fulô no chão
"Tá caindo fulô, ê, tá caindo fulô
Tá caindo fulô, ê, tá caindo fulô
Lá do céu cá na terra, ê, tá caindo fulô"domingo, 18 de maio de 2014
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