segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Filhotinho de rolinha



Desde ontem, algumas emoções e sustos emergiram aqui em casa. O filhotinho da Paloma, a rolinha que fez casa na varanda do apartamento, saiu muito cedo do ninho. Não está emplumado o bastante para ensaiar voos. Passou a noite no chão, entre as plantas, sob o olhar dela, atento, desde o alto das instalações colombinas. Ficamos sem saber o que fazer. Decidimos não interferir, com medo de assustar ainda mais tanto ele quanto ela. Hoje, mais ao final da manhã, o filhote ainda estava no chão, tremendo. As penas já estão mais abertas e, por incrível que pareça, o papinho estava bem cheio. Ou seja, a mãe tem alimentado ele mesmo fora do habitat. 

Foi então que eu notei: a Paloma não estava no ninho. Num ímpeto, catei o pequeno, subi numa escada, e coloquei a criatura de volta ao berço de onde não deveria ainda ter saído. O coração na mão, fechei a porta da sala, e a cortina, na esperança de que a mãe não o rejeitasse, por estar com o meu cheiro. 

Instantes depois, a Paloma voltou. 

Está tudo bem. Ela está cantando, no ninho. O pequeno está lá, com ela, se mexendo, agitando as asas. Recobrado do susto, no mínimo já ensaia saltar fora do ninho novamente. A mãe o observa, paciente. Esse menino não aquieta!