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sábado, 12 de maio de 2018

De mulher p'rá mulher: mãezinhas



Meu carinho a algumas mulheres-mães. Por intermédio delas, a todas as mulheres.

À Néia, que neste ano teve a surpresa de ficar grávida novamente, quando seu filho caçula já tinha comemorado os 15 anos. Mas também viveu a perda de seu neném no segundo mês de gravidez.

À Julia, mamãe da Alice e da Maitê, que vão se pondo mocinhas lindas! Enquanto isso, trabalha em jornada dupla, e começa a se reorganizar para retomar os estudos!

À Adriane, mamãe inquieta que vai estrear como avó, mas continua parecendo uma menina que frequenta o colegial! Mas não se enganem: já já será doutora!

À FafaZinha, que mal acabou de celebrar o aniversário da mocinha Alice, e já está em outra jornada maternal!

À Lorena, que está trazendo o Martin na embalagem... mas a embalagem já está ficando pequena, e não demora para ele ganhar o mundo!

À Anaí, minha comadre, mãe de dois rapazes lindos, o Mateus e o Heitor, de quem tenho saudades, por não estar perto, conforme gostaria tanto!

À amada Vagna, que neste ano vai passar o dia das mães hospitalizada, depois de uma travessia difícil com alguns sustos e intercorrências; mas na próxima semana já estará em casa, novamente, com os filhos e netos e amigos e marido e gatinha e cachorro e plantinhas! Todos esperam ansiosos por você!

À Dona Alice, minha mãezinha, que vai singrando o tempo para completar seus 91 anos!





quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Das funções do riso


Sentadas à mesa, eu tomava uma xícara de xá, enquanto minha irmã fazia nebulização. Eu falava besteiras, e nós duas ríamos muito, ríamos de nada, ríamos como riem as irmãs com o espírito leve, em tardes ensolaradas, depois de temporais.

Sentada, ao outro lado da mesa, às vésperas de completar 90 anos, nossa mãe nos observava, e ria também. Numa pausa, ela iniciou uma declaração, em tom quase solene:

- Vocês duas não imaginam o quanto me ajudaram, com essa risadaiada...

Eu e minha irmã aguardamos o seguimento da fala, na expectativa que ela se referisse ao papel da alegria para manter a família unida, ou do quanto a alegria faz bem à saúde, ou algo similar. Havia uma quase comoção no ar. 

Então ela prosseguiu:

- Enquanto vocês riam, eu aproveitei para soltar tantos peidos... Nossa, estou aliviada!

Os risos se prolongaram, sim, por mais um bom tempo. Por que faz bem. Inclusive para eliminar gases!







quinta-feira, 13 de julho de 2017

Aqui, agora



Recebi um mimo para entregar à minha mãe. Um burrinho pequenino, cuidadosamente construído com diversos materiais, por mãos de artífice habilidoso, artista popular.

Cheguei à sua casa, e lhe entreguei o mimo. Quem mandou? O Juan, minha mãe. Juan? Buscou na memória frágil alguma referência que a ajudasse descobrir quem era Juan. Trouxe-lhe uma almofada rosa, de que ela gosta muito. Lembra desta almofada? Quem fez foi a Lola, avó dele. Ele quem lhe trouxe. Ela fez hannnnn, como se lembrasse. Mas fez só para não ter que encompridar um exercício de memória que resultaria em nada.

Ela se encantou com o burrinho. Beijou, brincou com ele, procurou um lugar bem à vista para guardar: Não posso colocar num lugar onde ele corra o risco de cair... Colocou na sala, junto com o boizinho de fibra de vidro, ao lado de dois bibelôs na forma de cachorro. O burrinho era muito menor que o boizinho, e também perdia em tamanho para os cachorros. Rimos por isso.

Alguns minutos depois, já na cozinha, comentei sobre o burrinho. Ela me olhou, sem entender o comentário: Burrinho?...

Voltamos à sala. Quando avistou o burrinho, lembrou-se: Ah, o meu burrinho, é bunitinho!

Do Juan, ainda não conseguiu se lembrar. Mas agradece pelo mimo, toda afetos.






sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Selfie

P/ Ruth e D. Alice, meus amores

(Minha irmã e minha mãe)
O síndico de um outro prédio monitora poças de água em lugares escondidos usando um pau de selfie...
Pau de que?
Selfie.
Sel... o que?
Selfie. É uma foto que a senhora faz da senhora mesma.
Como chama?
Vou comprar um pau de selfie para a senhora!
(risos)


(Eu e minha mãe)
Vou mostrar para a senhora o que é uma selfie. Vamos fazer uma.
(Posiciono a câmera do aparelho celular. Estamos as duas na tela. Peço que toque o dedo, para tirar a foto. Tudo ainda é estranho. O dedo trabalhador não é muito afeito às sutilezas e frescuras da “touch screen”...)
  
Pronto: a senhora fez uma selfie nossa. Mas sua cara ficou meio arrenegada. Faz outra.


'Tá parecendo que estou chorando. Não gostei.
Isso, pode fazer outra.


Agora sim! É que eu fico concentrada e esqueço de sorrir...


(Dominando o mecanismo)
Vamos fazer uma com nós três! A senhora fotografa.
(Ela segura uma mão com a outra, para ajudar a firmar o gesto. A mão aparece na tela.)


Então selfie é uma foto que a gente faz da gente, com o dedo na tela do celular...


Ah, o pau de selfie? Deixa prá lá...







segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Presente de mãe




Enquanto organizava minha sacola de viagem, ela se aproximou. Com as mãos ocultas atrás do corpo, começou a me falar “tem uma coisa de que eu gosto muito, muito”, e fechou os olhos para enfatizar o seu gostar. Continuou, em seguida: “se você me prometer que só aceita se não for um estorvo, eu lhe dou esta aqui”. “O que é?”, perguntei, e ela estendeu as mãos em minha direção. Mostrava-me uma espécie de caixinha pequena, envolvida em papel verde escuro, com uma fita de um verde mais claro. Não compreendi, de pronto, do que se tratava. “O que é essa caixinha?”. Ela sorriu, os olhos brilharam, e com voz dengosa respondeu: “É um pauzinho!”. Ela me presenteava com uma de suas madeirinhas que vai recolhendo por onde passa: tocos, hastes, redondos, quadrados, galhos... uns, ela pinta, outros usa para escorar coisas, outros enfeitam cantos da casa. Aquele, em especial, ela forrara com papel de seda cor verde. O papel estava bem colado à madeira. Depois enfeitou com a fita de verde mais claro.

Madeira de encantamento. Objeto de afeto. Dessas inutilidades preciosas que falam do sentido de viver...