literatices... letras para nada, talvez para tudo... imagens de nada, que podem ser de tudo... matutações... penseros... rabiscações... daquilo que vejo... ou não... porque tomo assento neste tempo quando a humanidade produz vertiginosamente letras, símbolos e imagens, em busca de sentidos, quaisquer que sejam... ou não...
domingo, 29 de setembro de 2013
sábado, 28 de setembro de 2013
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
aos que vão chegar
são as aranhas chegando, para habitar NÓS & NÓS
são os "meta-humanos, não é, tia?"
é NÓS todos aqui...
sábado, 21 de setembro de 2013
Cenas goianas
O trânsito naquele setor da cidade, no sábado pela manhã,
é insano. Lojas que vendem de tudo ficam apinhadas de pessoas, e as ruas
apinham-se de carros, bicicletas, gentes a pé, caminhões... O sol escaldante
completa o ambiente, banhando de suor todos quantos estejam fora de salas com
ar condicionado.
Fui a uma galeria com armarinhos. O taxista, que é um
amigo querido, encostou o carro numa esquina próxima, mal posicionado, abriu as
portas, e ficou ali do lado de fora, observando o movimento, enquanto chupava um
picolé para refrescar.
Providenciei o que precisava, e retornei, com três
sacolas pesadas. Embarcamos no carro, para prosseguir. Ele girou a chave na
ignição. O motor reagiu, sem força, e não deu partida. Ele girou a chave pela segunda
vez, sem obter qualquer resposta. “Ih, esta bateria me deixou na mão...”,
constatou. “Ontem ela já fez isso, mas era num lugar onde dava para pegar no
tranco. Aqui... vai ser difícil”. Olhei à volta, e constatei que, de fato,
seria difícil empurrar algum carro em meio àquele trânsito, para pegar no
tranco. Ele passou as mãos no rosto, como a buscar alguma solução, enquanto eu
ria. Mas nem ele nem eu tivemos muito tempo para pensar. Do meu lado, um homem
alto se aproximou, acenando para alguém atrás do carro: “Fulano, ajuda a
empurrar este carro aqui!”. Mal ouvi a frase, e o carro já começou a rodar,
empurrado pelos dois desconhecidos. Que susto! O taxista rapidamente engatou a
segunda marcha, e em questão de segundos o carro já seguia entre o fluxo de carros da rua congestionada, funcionando
normalmente. Não tivemos tempo para dizer "Obrigado!"
Claro está que um carro parado ali, à espera de socorro, era
problema para todos os trabalhadores do lugar bem como para os que por ali
passassem. Mas também claro está que a disposição e a prontidão para ajudar
transbordava ali naquele momento. Não temos a menor ideia de quem fossem os
dois colaboradores. Sequer vimos seus rostos.
Em nome deles, minha gratidão e respeito a todos quantos
sigam pelas ruas, prontos a ajudar, anonimamente, pela mera disposição para que
o mundo seja, ao menos, um pouco melhor.
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
domingo, 15 de setembro de 2013
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Hacer arte
Hacer arte de acuerdo a los cánones hegemônicos
cementa la unidireccionalidad de la información,
no es una forma de crear,
sino una forma más refinada
y compleja de consumir.
Camnitzer, referido por Adofo Albán Achinte.
Artistas indégenas y afrocolombianos: entre las memorias y las cosmovisiones.
in Arte y estética en la encrucijada descolonial, Zulma Palermo (comp.)
terça-feira, 10 de setembro de 2013
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
A vida é uma festa
p/ Prof. J. Bamberg
e por Dona Celina, in memorian
e por Dona Celina, in memorian
Quando chegamos não temos nem ideia
Da celebração para a qual fomos trazidos
Chegamos meio desconfortáveis, em protesto
Aos poucos, vamos aprendendo a tomar parte nela
Encontramos companhias, estabelecemos vínculos de afeto
Descobrimos que há também os desafetos
Nos primeiros tempos, a festa se desdobra em muitas
frentes,
Tudo está por ser descoberto, aprendido, inaugurado
Tudo cheira a novo: a festa, nós...
Se algum dia deixaremos a festa? Não nos parece provável
Nem ela nem nós parecemos ter fim...
Nem ela nem nós parecemos ter fim...
Pouco a pouco, acreditamos dominar, ao menos
parcialmente, os mecanismos da festa
Ganhamos autonomia, força
Nos enchemos de razão
A festa é o nosso lugar!
Dos nossos primeiros parceiros, nem todos permaneceram na
mesma festa
Muitos encontraram o que fazer em outras festas
(sim, há uma grande festa desdobrada em muitas, todas
interligadas... no fim, é uma só...)
Alguns continuam ali por perto
Outros novos chegaram-se, ampliando as redes de afeto
Adiante, começamos a deixar certo protagonismo na festa
Para observá-la, e pensar sobre ela
A relação que estabelecemos, então, é de outra natureza
Os conflitos atenuam-se, as ansiedades também
Há menos urgência, há mais tolerância de nossa parte
Começamos já a compreender que nossa participação na
festa é finita...
Lembranças, muitas, e cheias de intensidade!
Lembranças, muitas, e cheias de intensidade!
Então chega o tempo em que os nossos começam a deixar a
festa
(a grande festa, todas as festas...)
Não se fica numa festa para sempre!
Então buscamos por alguém, e descobrimos que se foi
Não tínhamos acabado de tratar de algum assunto com
alguém, e se despede de nós
Queríamos ouvir uma voz, e ela já não está.
Alguns se demoram mais na festa, outros saem dela tão
cedo
Alguns se despedem afetuosamente,
Outros partem sem dizer adeus
Quantos nem tiveram tempo para acenar brevemente
Saudades
A festa não tem fim, nosso tempo nela, sim.
Venha comigo, meu amor, vamos cantar uma canção
As petréias em flor estão quase douradas com a luz do fim da tarde...
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
domingo, 1 de setembro de 2013
Pausa...
As pausas são como goles de água fresca, lufadas de oxigênio, pancada de chuva num dia seco e calorento.
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