Sentado, o rapaz a acompanhava ao violão, enquanto ela empunhava o microfone, girando no palco, dançante, entoando músicas com a voz aguda e afinada. O vestido vermelho escuro era feito de um tecido denso, pesado, que pendia abrindo-se em direção ao chão. Ela girava, e ele fazia uma roda ampla, brincando de sombras. Então ela girava no sentido oposto. O vestido se enleava em suas pernas, até desfazer a torção, e abrir-se na outra direção. Quando ela parava, da ponta de cada seio formava-se uma prega no tecido, que se derramava até em baixo. O seio tremelicava, ao ritmo da música, fazendo vibrar o tecido, querendo mostrar-se, mesmo coberto. Sem nenhum pudor.
literatices... letras para nada, talvez para tudo... imagens de nada, que podem ser de tudo... matutações... penseros... rabiscações... daquilo que vejo... ou não... porque tomo assento neste tempo quando a humanidade produz vertiginosamente letras, símbolos e imagens, em busca de sentidos, quaisquer que sejam... ou não...
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
o vestido da cantora
Sentado, o rapaz a acompanhava ao violão, enquanto ela empunhava o microfone, girando no palco, dançante, entoando músicas com a voz aguda e afinada. O vestido vermelho escuro era feito de um tecido denso, pesado, que pendia abrindo-se em direção ao chão. Ela girava, e ele fazia uma roda ampla, brincando de sombras. Então ela girava no sentido oposto. O vestido se enleava em suas pernas, até desfazer a torção, e abrir-se na outra direção. Quando ela parava, da ponta de cada seio formava-se uma prega no tecido, que se derramava até em baixo. O seio tremelicava, ao ritmo da música, fazendo vibrar o tecido, querendo mostrar-se, mesmo coberto. Sem nenhum pudor.
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