p/ o pequeno Igor, quem,
provavelmente,
não voltarei a encontrar por aí,
em saguões de embarque de
aeroportos...
Pouco antes do embarque, no saguão de espera,
sentaram-se, à minha frente, uma jovem senhora com seu filhinho. Ele acomodou-se
e desfechou um sonoro “Boa tarde!”, olhando para mim, num sorriso gentil e
sincero. Correspondi ao seu cumprimento, achando graça, e logo estávamos
conversando sobre muitos temas. Ele contou-me sobre ele, quis saber sobre mim. Igor
tinha apenas 4 anos, mas conversava com desenvoltura e clareza no pensamento, e
cheirava a ternura e alegria. A mãe sentia-se agraciada pela sua companhia. Naquele momento, também me senti assim.
Despedi-me dos dois, para embarcar na aeronave, quando
chegou o horário do meu voo.
Acomodada na primeira fileira, à janela, observei as crianças
sem acompanhantes serem trazidas até o avião por um funcionário da empresa
aérea. Duas meninas, amigas, no alto de seus 9,10 anos, aproximadamente, e um
pequeno rapazinho portando uma mochila do homem aranha e não mais que 5 anos. Rapidamente,
as meninas se ajeitaram nas cadeiras mais próximas. O menino parou no meio do
corredor, apontou em minha direção, informando, com segurança, à comissária: “Eu
quero sentar ali!”. E ficou me olhando, como a perguntar por que cargas d’água
eu não tomava nenhuma providência para atender imediatamente o seu desejo. Fui surpreendida
pelo gesto do menino. E antes que eu esboçasse qualquer reação, a comissária de
voo o conduziu para a poltrona ao lado das meninas, à janela, do lado oposto ao
meu. Instalado, o pequeno tentou chamar a atenção das meninas, mas elas estavam
muito envolvidas brincando com duas bonecas, e não deram moral ao seu vizinhozinho
de viagem.
O pequeno fechou as janelas, e adormeceu. Nem viu as
luzes da cidade, antes do avião pousar, quando chegamos ao destino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário