segunda-feira, 13 de agosto de 2012

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p/ o pequeno Igor, quem, provavelmente,
 não voltarei a encontrar por aí,
 em saguões de embarque de aeroportos...

Pouco antes do embarque, no saguão de espera, sentaram-se, à minha frente, uma jovem senhora com seu filhinho. Ele acomodou-se e desfechou um sonoro “Boa tarde!”, olhando para mim, num sorriso gentil e sincero. Correspondi ao seu cumprimento, achando graça, e logo estávamos conversando sobre muitos temas. Ele contou-me sobre ele, quis saber sobre mim. Igor tinha apenas 4 anos, mas conversava com desenvoltura e clareza no pensamento, e cheirava a ternura e alegria. A mãe sentia-se agraciada pela sua companhia. Naquele momento, também me senti assim.

Despedi-me dos dois, para embarcar na aeronave, quando chegou o horário do meu voo.

Acomodada na primeira fileira, à janela, observei as crianças sem acompanhantes serem trazidas até o avião por um funcionário da empresa aérea. Duas meninas, amigas, no alto de seus 9,10 anos, aproximadamente, e um pequeno rapazinho portando uma mochila do homem aranha e não mais que 5 anos. Rapidamente, as meninas se ajeitaram nas cadeiras mais próximas. O menino parou no meio do corredor, apontou em minha direção, informando, com segurança, à comissária: “Eu quero sentar ali!”. E ficou me olhando, como a perguntar por que cargas d’água eu não tomava nenhuma providência para atender imediatamente o seu desejo. Fui surpreendida pelo gesto do menino. E antes que eu esboçasse qualquer reação, a comissária de voo o conduziu para a poltrona ao lado das meninas, à janela, do lado oposto ao meu. Instalado, o pequeno tentou chamar a atenção das meninas, mas elas estavam muito envolvidas brincando com duas bonecas, e não deram moral ao seu vizinhozinho de viagem.

O pequeno fechou as janelas, e adormeceu. Nem viu as luzes da cidade, antes do avião pousar, quando chegamos ao destino.




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