domingo, 15 de julho de 2012

Pátria amada




Hoje acompanhei uma prima querida e sua filha até o Palácio da Alvorada, logo no início da tarde. Movimentado o estacionamento, muitas pessoas faziam retratos, apesar do sol intenso e a baixa umidade do ar.

Enquanto as meninas fotografavam, o som do vento no tecido das bandeiras chamou a minha atenção. Fiquei absorta, olhando sem ver, entretida com o movimento do tecido, brilhando ao sol, e o vento ondulando a superfície. Até que minha atenção voltou-se para as cores, duas de verde intenso, outra branca. E então a curiosidade perguntou: que bandeira seria aquela, branca? Trata-se da bandeira do Mercosul.

Por que a bandeira do Mercosul estaria ali, ao lado das bandeiras que representam o país e a presidência da república, símbolos nacionais de soberania? Foi determinado em lei o hasteamento da bandeira do Mercosul, ao lado da bandeira nacional, em órgãos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. É a Lei n. 12.157, de 2009. Ela faz ajustes à lei anterior, sobre o uso dos símbolos do Estado brasileiro. No caput do Artigo 13º, consta: “Hasteia-se diariamente a Bandeira Nacional e a do Mercosul”. Uma série de incisos apresenta as instituições que devem observar essa determinação. O primeiro aponta o Palácio da Presidência da República, e a residência do Presidente da República.

Todas essas informações ainda não respondem à minha pergunta, na surpresa da descoberta. Por que a bandeira que refere um acordo capitaneado por interesses fundamentalmente comerciais teria lugar ao lado da bandeira brasileira? Ou que outros interesses e negociações estariam na base desse acordo?





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