domingo, 2 de outubro de 2011

Quasar Jovem


p/ Marcus Camargo, meu querido bailarino

Chegaram as chuvas. Com elas, os jovens bailarinos do Quasar Jovem abriram as cortinas do palco, com duas coreografias de pouco mais de meia hora cada. Temporada com duas apresentações no Teatro do SESI, novinho em folha. Casa cheia: outros jovens bailarinos, famílias, amigos, amantes da dança, crianças. No intervalo, um menino com menos de dez anos ensaiava uns passos no saguão, entusiasmado com o que vira na primeira parte do espetáculo.

Trovoadas e os sons da chuva ocuparam lugar na cena, num trecho da primeira coreografia, Pomar. E enormes flores de papel pairaram sobre as cabeças dançantes. Sequência leve, lúdica. Senti vontade que se buscassem relações mais próximas entre movimento e cenário. Por vezes, as flores se impuseram à dança. Desejei que os corpos sobrepujassem aquelas flores...

Na segunda parte, intitulada Por si mesmo, com ambiente mais sóbrio, música impactante, a coreografia ganhou em coesão e densidade. Belo espetáculo, com ritmo justo até o último gesto de fechamento. Bravo!

Sobretudo, impõe-se o mérito inquestionável do trabalho voltado para a formação de jovens bailarinos, muitos dos quais já demonstrando, de modo exuberante, domínio da cena e do corpo como matéria prima de criação.

Que venham as chuvas! Que retumbem os tambores. Há muito o que se dançar. Goiânia tem corpo de baile para isso!

Merda a todos! Quebrem suas pernas!



Nenhum comentário:

Postar um comentário