domingo, 9 de outubro de 2011

Presente de aniversário


p/ D. Dionísia - por onde andará?

Quando fiz 10 anos, D. Dionísia me deu, dentro de um envelope de carta, uma nota de não me lembro quantos dinheiros. Tampouco me lembro da moeda vigente à época, talvez fosse Cruzeiro Novo. Importa saber que o valor era mais do que ela poderia dar, e também mais do que eu houvera ganhado até então de alguém que não fosse da família.

No dia seguinte, fui a uma agência bancária, abri uma conta poupança, e depositei o valor. Imaginava resgatá-lo quando fizesse 18 anos.

Quatro anos depois, mudei-me de cidade, fui estudar na capital. Aos 18 anos estava já na universidade, envolvida com inúmeros projetos e atividades. Não me lembrava mais da poupança.

Talvez mais de uma década depois, ocorreu-me buscar o banco, perguntando sobre a existência de algum registro sobre a primeira conta bancária em meu nome. Para minha surpresa, não só a conta existia, como os poucos dinheiros depositados tinham acompanhado as oscilações da economia. Saquei o valor, com o que provavelmente tenha comprado alguns livros e pago algumas contas miúdas.

Presente cujo sabor se desdobrou no tempo. E reverbera ainda hoje.




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