É melhor começar, acredito, lembrando a você, o estudioso
iniciante, que os mais admiráveis pensadores da comunidade acadêmica em que
decidiu ingressar não separam seu trabalho de suas vidas. Parecem lavá-los
ambos a sério demais para admitir tal dissociação, e querem usar uma coisa para
o enriquecimento da outra. Essa separação, é claro, é a convenção predominante
entre os homens em geral, originando-se, suponho, do vazio do trabalho que os
homens em geral fazem hoje. Mas você reconhecerá que, como intelectual, tem a
oportunidade excepcional de planejar um modo de vida que encorajará os hábitos
da boa produção. O conhecimento é uma escolha tanto de um modo de vida quanto
de uma carreira; quer o saiba ou não, o trabalhador intelectual forma-se a si
próprio à medida que trabalha para o aperfeiçoamento de seu ofício; para
realizar suas próprias potencialidades, e quaisquer oportunidades que surjam em
seu caminho, ele constrói um caráter que tem como núcleo as qualidades do bom trabalhador.
Isto significa que deve aprender a usar sua experiência de
vida em seu trabalho intelectual: examiná-la e interpretá-la continuamente. Neste
sentido, o artesanato é o centro de você mesmo, e você está pessoalmente
envolvido em cada produto intelectual em que possa trabalhar.
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