Eu já
estava quase pronta para sair do vestiário.
Ela,
meio sem jeito: queria lhe fazer uma pergunta.
Eu:
sim?
Ela:
como eu faço para fazer uma disciplina de mestrado como aluna especial?
Eu
pensei: ufa! Eu falei: depende do Programa. Cada um adota uma sistemática para
aluno especial. Você deve procurar o Programa que lhe interessa, e fazer a
consulta.
Ela:
é que eu não sou daqui, não conheço como funciona...
Eu:
qual o curso que você quer?
Ela:
enfermagem
Eu:
então você deve ir até a secretaria do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem,
e perguntar a eles como funciona para ingressar como aluno especial, quando é a
inscrição, etc.
Ela:
eu queria mesmo era fazer a seleção para aluno regular. As inscrições são agora...
Eu:
e por que não faz?
Ela:
porque é muito difícil. A prova de inglês é a mais difícil...
Eu:
deveria fazer, para ver como é. No máximo, você é aprovada...
Ela:
é que é difícil...
Eu:
como dizem meus alunos, o não você já tem, e ainda corre o risco de conseguir
aprovação. Corra o risco.
Ela:
mas eu queria era fazer primeiro como aluno especial.
Eu:
você já foi até lá? Já fez a consulta?
Ela:
não... eu mandei um e-mail para uma professora, mas ela não respondeu... faz
tempo...
Eu:
... porque o que você tem a fazer é ir lá, conversar na secretaria do
Programa...
Ela:
mas eu quero é fazer a seleção para aluno regular. Mas meu inglês não dá. Eu vi
a prova de uma seleção anterior, é muito difícil! Preciso estudar mais.
Eu:
boa sorte.
Desejei
bom fim de semana aos demais que estavam ali, tomando banho, penteando os
cabelos molhados, passando cremes, calçando sapatos. Trouxe, na minha bagagem,
a clara impressão de que ela, de fato, não queria a informação, menos ainda
algum conselho meu. Talvez quisesse me informar de seu interesse. Talvez quisesse
apenas conversar...
Neste post gostei da parte..."O não você já tem"... "Corra o risco!" O que vejo de mim nesta fala...
ResponderExcluirSaudades de ti minha grande mestra!