Corria o ano de 1994. Combinamos de jantar no Restaurante
Espanhol, que ficava na Avenida W3, na altura da 504 ou da 505 sul. Nem ele nem
eu estávamos certos do endereço. Eu estivera lá algumas poucas vezes, e sempre
acabava chegando sem lembrar ao certo qual era a quadra. Na hora acertada, cheguei
ao endereço. Quer dizer, onde eu pensava que fosse. Não era lá. Teria eu me
enganado quanto à quadra? Procurei na quadra seguinte. Também não era lá. Tampouco
na quadra anterior.
A essas alturas, o tempo avançava, e eu não sabia o que
se passava com ele, se também estava procurando o endereço. Resolvi retornar ao
primeiro lugar que eu havia procurado. Encontrei o vigia de alguma loja
vizinha. Ele me falou que o restaurante era ali mesmo, mas fechara há pouco. Perguntei
se mais alguém havia procurado pelo restaurante naquela noite. Pela descrição que
o vigia fez, concluí que, como eu, meu parceiro já estivera ali também.
Voltei a rodar pela avenida mais algumas vezes, com o meu
fusquinha amarelo limão, de nome Marquito. Tinha a esperança de cruzar com o
chevetinho vermelho dele, de nome Ivan, o Vermelho. Não funcionou: não nos
encontramos. Decidi, então, retornar ao ponto de partida: minha residência. Ele
teve a mesma ideia, ainda bem. Chegamos quase juntos. Rimos muito da situação. Seguimos,
juntos, ao local mais próximo para fazer um lanche, tanta fome.
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