sábado, 26 de maio de 2012

Perdidos na W3 sul, antes da era do celular.



Corria o ano de 1994. Combinamos de jantar no Restaurante Espanhol, que ficava na Avenida W3, na altura da 504 ou da 505 sul. Nem ele nem eu estávamos certos do endereço. Eu estivera lá algumas poucas vezes, e sempre acabava chegando sem lembrar ao certo qual era a quadra. Na hora acertada, cheguei ao endereço. Quer dizer, onde eu pensava que fosse. Não era lá. Teria eu me enganado quanto à quadra? Procurei na quadra seguinte. Também não era lá. Tampouco na quadra anterior.

A essas alturas, o tempo avançava, e eu não sabia o que se passava com ele, se também estava procurando o endereço. Resolvi retornar ao primeiro lugar que eu havia procurado. Encontrei o vigia de alguma loja vizinha. Ele me falou que o restaurante era ali mesmo, mas fechara há pouco. Perguntei se mais alguém havia procurado pelo restaurante naquela noite. Pela descrição que o vigia fez, concluí que, como eu, meu parceiro já estivera ali também.

Voltei a rodar pela avenida mais algumas vezes, com o meu fusquinha amarelo limão, de nome Marquito. Tinha a esperança de cruzar com o chevetinho vermelho dele, de nome Ivan, o Vermelho. Não funcionou: não nos encontramos. Decidi, então, retornar ao ponto de partida: minha residência. Ele teve a mesma ideia, ainda bem. Chegamos quase juntos. Rimos muito da situação. Seguimos, juntos, ao local mais próximo para fazer um lanche, tanta fome.



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