domingo, 18 de maio de 2014

Ciberespaço


"A matrix tem suas raízes em games de fliperama primitivos", disse uma voz em off, "nos primeiros programas gráficos e experiências militares com plugues cranianos." No Sony, uma guerra espacial bidimensional desvanecia atrás de uma floresta de samambaias geradas matematicamente, demonstrando as possibilidades espaciais de espirais logarítmicas; resquícios de filmes militares azulados e queimados, animais de laboratório conectados por fios a sistemas de teste, capacetes alimentando circuitos de controle de tanques e aviões de guerra. "Ciberespaço. Uma alucinação consensual vivenciada diariamente por bilhões de operadores autorizados, em todas as nações, por crianças que estão aprendendo conceitos matemáticos... uma representação gráfica de dados abstraídos dos bancos de todos os computadores do sistema humano. Uma complexidade impensável. Linhas de luz alinhadas no não espaço da mente, aglomerados e constelações de dados. Como luzes da cidade, se afastando..."
(WILLIAM, Gibson. Neuromancer. São Paulo: Aleph, 2008. p. 77)




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