Todo mundo já comemorou a entrada de 2016. Há quem esteja de
ressaca, com sono, com o corpo cansado dos festejos. Então agora eu posso lembrar algumas curiosidades relativas a esta data, sem
passar por chata...
Para início de conversa, o dia primeiro de janeiro como
marca para contagem da passagem de ano foi estabelecido entre a maioria dos
países há menos de 500 anos. Ou seja: depois que Pedro Álvares Cabral chegou ao
Brasil, iniciando a colonização portuguesa. Assim, o dia 1º de janeiro como
data do Ano Novo é mais jovem que o Brasil colonizado por Portugal.
Mas as marcações da passagem do tempo tem a mesma idade das
invenções dos calendários pelas quantas civilizações que tenham habitado, já, o
planeta. Como pouco se sabe dos calendários maia, inca, e de quantos outros dos
quais sequer tenhamos conhecimento, falam-se mais, por exemplo, dos calendários
babilônicos. Tem-se notícia, por exemplo, de que, na Mesopotâmia, por volta do
ano 2000 aC, acontecesse uma espécie de Festival do Ano Novo, que começava na
lua nova do equinócio da Primavera, o que ocorria em meados de março. Uma data
móvel.
Já os assírios, persas, fenícios, egípcios e gregos marcavam
outros referenciais em seus calendários para celebrar o início de um novo ciclo
anual.
Teriam sido os romanos os primeiros a estabelecer um dia
fixo para a comemoração do Ano Novo, por volta de 753 aC: 1º de março era
quando o ano começava. Essa data foi trocada para o 1º janeiro em 153 aC. Mas
continuou sendo uma demarcação entre os romanos.
Só em 1582 é que a Igreja Católica decidiu consolidar essa
escolha romana, integrando-a ao calendário gregoriano. A partir da atuação da
igreja, a data foi sendo gradualmente incorporada por outros países, de modo
que atualmente é adota pela maioria. Parece que a adoção por um número maior de
países de uma mesma data, na base, tem uma base em interesses econômicos, muito
mais do que qualquer outra fundamentação...
No entanto, mesmo hoje, em tempos de globalização, há alguns
povos e países que celebram a passagem do ano em datas distintas, de acordo com
diferentes referenciais. Na China, por exemplo, essa data é móvel, e acontece
entre o final de janeiro e o início de fevereiro. São as demarcações que
observam, por exemplo, o horóscopo chinês, bem conhecido entre os ocidentais.
Já na comunidade judaica, não só a data é diferente, como o próprio calendário
para a contagem das eras é outro. E a festa de celebração ocorre entre meados
de setembro até o início de outubro. Entre os islâmicos, o Ano Novo é celebrado
em meados de maio.
Na casa da minha mãe, a entrada da Primavera é reverenciada,
a cada ano, como a efetiva marcação de início de um novo ciclo. Sua importância
supera a do Natal e Ano Novo oficiais.
E viva a diversidade!
Nenhum comentário:
Postar um comentário