sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Na passagem do ano, à meia noite, eu estava dormindo... ou tentando dormir...


Todo mundo já comemorou a entrada de 2016. Há quem esteja de ressaca, com sono, com o corpo cansado dos festejos. Então agora eu posso lembrar algumas curiosidades relativas a esta data, sem passar por chata...

Para início de conversa, o dia primeiro de janeiro como marca para contagem da passagem de ano foi estabelecido entre a maioria dos países há menos de 500 anos. Ou seja: depois que Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, iniciando a colonização portuguesa. Assim, o dia 1º de janeiro como data do Ano Novo é mais jovem que o Brasil colonizado por Portugal.

Mas as marcações da passagem do tempo tem a mesma idade das invenções dos calendários pelas quantas civilizações que tenham habitado, já, o planeta. Como pouco se sabe dos calendários maia, inca, e de quantos outros dos quais sequer tenhamos conhecimento, falam-se mais, por exemplo, dos calendários babilônicos. Tem-se notícia, por exemplo, de que, na Mesopotâmia, por volta do ano 2000 aC, acontecesse uma espécie de Festival do Ano Novo, que começava na lua nova do equinócio da Primavera, o que ocorria em meados de março. Uma data móvel.

Já os assírios, persas, fenícios, egípcios e gregos marcavam outros referenciais em seus calendários para celebrar o início de um novo ciclo anual.

Teriam sido os romanos os primeiros a estabelecer um dia fixo para a comemoração do Ano Novo, por volta de 753 aC: 1º de março era quando o ano começava. Essa data foi trocada para o 1º janeiro em 153 aC. Mas continuou sendo uma demarcação entre os romanos.

Só em 1582 é que a Igreja Católica decidiu consolidar essa escolha romana, integrando-a ao calendário gregoriano. A partir da atuação da igreja, a data foi sendo gradualmente incorporada por outros países, de modo que atualmente é adota pela maioria. Parece que a adoção por um número maior de países de uma mesma data, na base, tem uma base em interesses econômicos, muito mais do que qualquer outra fundamentação...

No entanto, mesmo hoje, em tempos de globalização, há alguns povos e países que celebram a passagem do ano em datas distintas, de acordo com diferentes referenciais. Na China, por exemplo, essa data é móvel, e acontece entre o final de janeiro e o início de fevereiro. São as demarcações que observam, por exemplo, o horóscopo chinês, bem conhecido entre os ocidentais. Já na comunidade judaica, não só a data é diferente, como o próprio calendário para a contagem das eras é outro. E a festa de celebração ocorre entre meados de setembro até o início de outubro. Entre os islâmicos, o Ano Novo é celebrado em meados de maio.

Na casa da minha mãe, a entrada da Primavera é reverenciada, a cada ano, como a efetiva marcação de início de um novo ciclo. Sua importância supera a do Natal e Ano Novo oficiais.

E viva a diversidade!








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