Foi por acaso que ontem acabei assistindo ao filme que narra o percurso do Cacique e Deputado Juruna, e a luta de sua gente pela terra. Como
acasos não existem, talvez não tenha sido mesmo por acaso que era véspera da
Sexta Feira da Paixão, antevéspera do Dia do Índio.
Achei o filme um pouco longo demais, cansativo em vários
momentos. Poderia ser enxugado em vários pontos, para dar maior contundência ao
argumento nuclear da narrativa. Mas ele recupera documentos e depoimentos
importantíssimos. Vê-lo reavivou memórias do final dos anos 70, anos 80, os
trânsitos entre a capital federal e a aldeia, os embates em plena ditadura
militar, e o Juruna, figura antológica, com seu gravador, registrando tudo,
para poder cobrar depois.
Em depoimento, quando perguntado se, para exercer pressão sobre as autoridades, à época, teria usado a borduna, um dos velhos, irmão de Juruna, respondeu que não, que usou a palavra, que sua borduna era a palavra. No caso de Juruna, ele usou a palavra aliada ao gravador com fita K7: arma da qual não se separava, em suas jornadas no Congresso Nacional, na FUNAI, e quantos outros órgãos públicos.
Em depoimento, quando perguntado se, para exercer pressão sobre as autoridades, à época, teria usado a borduna, um dos velhos, irmão de Juruna, respondeu que não, que usou a palavra, que sua borduna era a palavra. No caso de Juruna, ele usou a palavra aliada ao gravador com fita K7: arma da qual não se separava, em suas jornadas no Congresso Nacional, na FUNAI, e quantos outros órgãos públicos.
Sim, o Cacique Juruna foi, de fato, o primeiro mídia
ninja do cenário de lutas no Brasil!
Viva o pioneirismo do nosso nobre Deputado Federal, Cacique
Juruna!
Juruna, o Espírito da Floresta (2008)
Direção: Armando Lacerda
Gênero: Documentário
Duração: 86 minutos
Tipo: Longa-metragem
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