sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Cada dia sem gozo não foi teu

Cada dia sem gozo não foi teu
Foi só durares nele. Quanto vivas
Sem que o gozes, não vives.
Não pesa que amas, bebas ou sorrias:
Basta o reflexo do sol ido na água
De um charco, se te é grato.
Feliz o a quem, por ter em coisas mínimas
Seu prazer posto, nenhum dia nega
A natural ventura!

Fernando Pessoa - Poemas de Ricardo Reis.






Um comentário:

  1. Evocadora imagen del ¨caldo de la vida¨. Cuesta pensar que de esa masa marrón e informe emerja tanta belleza y perfección, como la flor de ipê que aparece más abajo. Y sin embargo es así.

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