quinta-feira, 27 de julho de 2023

Nunca mais como omelete


Num desses momentos de deriva poética, quando minha mãe transpõe boa parte das regras da linguagem, da memória, das relações temporais, me explicou que agora faz parte das pessoas que fazem “a melete”. Tentei compreender, sem estar certa de que fosse possível. Ela, então, me explicou que não acha certo dizerem “o melete”. Que o certo mesmo é “a melete”. Num átimo de segundo, compreendi. Mais que isso, concordei plenamente com ela.

Pronto. Está decidido. Nunca mais como omelete. A partir de hoje, o prato feito à base de ovos chama-se amelete, assim, no feminino. Delícia.

 

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