Foi ao Centro Cultural Caixa Econômica,
para ver a exposição Êxodos, com fotografias de Sebastião Salgado. As 60
lâminas em preto e branco estavam dispostas ao longo de duas salas contíguas,
organizadas em sequências que se referiam a refugiados de guerra, à condição humana nas grandes cidades,
a disputas pelo direito à terra. Eu o vi observando longamente cada fotografia, e lendo as
informações respectivas. Demorou-se diante de cada uma. Sua emoção transbordou
no gesto e no silêncio. Comoveu-se com os rostos sofridos, com as cenas e os
ambientes nos quais crianças, mulheres e velhos teimavam em continuar vivendo.
Saiu dali profundamente tocado.
Mais tarde, em casa, falou de sua comoção ante as
condições de quantas mulheres e crianças em situação de risco e miséria, e da ignorância de todos nós no tocante às
circunstâncias nas quais vivem milhares de pessoas nos quatro cantos do
planeta. Falou como se fosse testemunha presencial das condições de dor e sofrimento vividas por aquelas pessoas fotografadas.
A experiência deixou-lhe marcas indeléveis.
A experiência deixou-lhe marcas indeléveis.
Salvo engano, se é que a arte serve para alguma coisa, deve
ser para isso...
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