segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Cosmopolita



O menino nasceu, inaugurada a capital federal há três anos. Cresceu brincando com a criançada na rua ainda sem asfalto. Nas vizinhanças, uma família libanesa, outra família gaúcha, mineiras eram várias, mas também cariocas, nordestinas, goianas. Tinha também um amigo cujos pais eram bolivianos. Se pais e mães não interagiam muito, entre a meninada, as trocas eram muito mais ricas: comiam esfirras na casa de uns, tomavam chimarrão na casa de outros, lambiam os beiços com os pães de queijo adiante, pamonhas, hummm... E assim iam, pela degustação, pela sonoridade dos sotaques, pela diversidade, aprendendo que a maior riqueza humana está, mesmo, na possibilidade de convívio entre as diferenças...


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