Uma das coisas boas que se
pode fazer, quando viajamos, é pedir informações mesmo quando não precisamos,
tão somente para ouvir as explicações das pessoas, interagir com elas.
Assim, mesmo sabendo que
estávamos no caminho certo para sair rumo à cidade onde residíamos, meu marido
resolveu confirmar nosso percurso. Paramos diante de uma pequena barraca, onde
um homem vestido de Papai Noel operava um equipamento para fazer algodão doce. Diante
dele, e sob seu olhar, um senhor de meia idade, cliente, estava muito
concentrado preparando talvez aquele que seria o seu próprio algodão doce.
Nós os cumprimentamos, e meu
marido pediu a informação. O senhor, cliente do Papai Noel, voltou-se para nós,
sorriu, e começou a explicar que bastava seguirmos em frente, com atenção, pois
havia muita fiscalização na estrada. Então aproximou-se do carro e ofereceu-me
o algodão doce que ele próprio preparara. Sigam com cuidado, e que Deus os guie. Amém, respondemos. Ele insistiu muita atenção com os radares na estrada. Esses foram os seus votos, que retribuímos, desejando Feliz Natal a ambos, o Papai Noel e o seu
cliente.
A vegetação muito verde, em
resposta à temporada das chuvas, alongava-se até o horizonte, para encontrar
com o céu muito azul, território de nuvens brancas, como o algodão doce enrolado
num palito de madeira, preso à minha mão. Não me lembro de ter comido algum
algodão doce antes... sempre ouvi da minha mãe que era puro açúcar e, portanto,
deveria evitar. Mas ali, avançando pela estrada, aquele em especial tinha gosto
de nuvem, céu e cerrado...
Acho que prefiro os Papai Noéis
que vendem algodão doce, aos que fingem deixar presentes debaixo de árvores de
Natal...
A propósito, que os tempos
sejam sempre renovados para todos! Boas Festas!
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